”O sobrenatural é um dos componentes mais interessantes do imaginário
medieval. Inspira-se tanto nas referências pagãs da antiguidade,
mitologia celta e na bíblia como nas citações de Plínio e nos relatos de
viagens exóticas, como as de Marco Pólo.
Presente em grande parte das antigas narrativas, cria uma introdução
muito atraente para os aspectos míticos e irreais das histórias de amor e
enquadra-se perfeitamente na mentalidade do homem medieval, onde
tudo é simbólico.
O imaginário medieval herdou do greco-romano todo o tipo de monstros
híbridos, meio homem e meio animal, como os centauros, sereias ou
esfinges; ainda grifos, dragões e unicórnios.
A partir do século XI estes seres tornaram-se meros elementos
decorativos.
Após este período são encontradas citações de gigantes em romances
aturianos e, em seguida, sobrevivendo apenas na crença de uma
existência longínqua e fantasiosa.
Um aspecto interessante é a forma que o pensamento cristão medieval se
adaptava à suposta existência de seres ambíguos: se estes seres
possuíam alma como os humanos e se seria possível sua salvação no reino
divino.”
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