Buscapé

terça-feira, 7 de maio de 2013

Um pouco fora do contexto...

Origem de Algumas Expressões Populares:



A VOZ DO POVO É A VOZ DE DEUS - Essa é obvia. Quem realmente sabe das coisas é o povo. Antigamente, as pessoas consultavam o deus Hermes, na cidade grega de Acaia, e faziam uma pergunta ao ouvido do ídolo. Depois o crente cobria a cabeça com um manto e saía à rua. As primeiras palavras que ele ouvisse eram a resposta a sua dúvida.

ABRAÇO DE URSO - Um abraço significa demonstração de amizade e afeto. Já a expressão significa puro fingimento ou traição. É que é da natureza do urso fazer isso, só que, nessa hora, ele prepara é um ataque que pode levar a pessoa abraçada à morte.

ACABAR TUDO EM PIZZA - Uma das expressões mais comuns quando alguém quer criticar a política é: “tudo acabou em pizza.” Trata-se de quando algo errado é resolvido sem que ninguém seja punido e sem nenhuma solução adequada. O termo surgiu através do futebol. Na década de 60, alguns cartolas palmeirenses se reuniram para resolver alguns problemas e durante 14 horas seguidas de brigas e discussões, estavam morrendo de fome. Então, todos foram a uma pizzaria, tomaram muito chope e pediram 18 pizzas gigantes. Depois disso, foram para casa e a paz reinou absolutamente. Depois desse episódio, Milton Peruzzi, que trabalhava na Gazeta Esportiva, fez uma manchete: “Crise do Palmeiras termina em pizza”. Daí em diante o termo pegou.




ACABOU-SE O QUE ERA DOCE – Como toda criança e alguns adultos gostam de doce, essa expressão é uma forma delicada de negar aquilo que pediram, ou dizer que terminou, aquilo que a pessoa estava gostando tanto. É uma maneira menos agressiva de dizer um retumbante NÃO. Exemplos: acabou-se as férias, o carnaval, o namoro, o dinheiro, etc.

ACORDO LEONINO - Um «acordo leonino» é aquele em que um dos contratantes aceita condições desvantajosas em relação a outro contratante que fica em grande vantagem. A sua origem vem das fábulas, onde o leão se revela como todo-poderoso.

ADVOGADO DO DIABO - Essa expressão teve origem na Igreja Católica. Quando um processo de santificação tem inicio, o Vaticano escolhe um de seus membros para investigar se os milagres atribuídos ao candidato são de fato verdadeiros. Essa pessoa passou a ser chamada, então, de advogado do diabo, pois iria trabalhar para comprovar algumas irregularidades e inverdades contra o candidato a santo.




AGORA É QUE A PORCA TORCE O RABO – Significa que se chegou a um ponto máximo da problemática de algum processo, seja qual for. É o momento mais difícil, mais crucial de um problema, O berço da expressão vem do comportamento instintivo dos suínos. Quando em estresse, na defesa de suas crias, eles enrolam ou torcem o rabo como sinal de sua fúria e partem para cima do agressor.

ANDAR À TOA - Toa é a corda com que uma embarcação reboca a outra. Um navio que está "à toa" é o que não tem leme nem rumo, indo para onde o navio que o reboca determinar. O significado da expressão, por conseguinte, é andar sem destino, despreocupado, passando o tempo. Ou então uma pessoa sem determinação, que é comandada pelos outros.

ARCO DA VELHA – Uns dizem que a expressão tem origem no Antigo Testamento. Seria o sinal do pacto que Deus fez com Noé. Arco da velha seria uma simplificação de Arco da Lei Velha. Mas há também diversas histórias populares que defendem outra origem da expressão, como a da existência de uma velha no arco-íris, sendo a curvatura do arco a curvatura das costas provocada pela velhice, ou devido a uma das propriedades mágicas do arco-íris - beber a água num lugar e enviá-la para outro, pelo que velha poderá ter vindo do italiano bere (beber).




BAFO DE ONÇA - A onça é um animal carnívoro e se lambuza na hora de comer a caça, por isso fede muito e sua presença é detectada à distância na mata. Devido a isso, o hálito fétido passou a se chamar popularmente de bafo de onça. Também significa o hálito de quem está (ou esteve) alcoolizado. (Autor: Hélio Consolaro).

BATATINHA QUANDO NASCE, ESPARRAMA PELO CHÃO – Trata-se de um conhecido ditado popular. Mas sua origem era “batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão”.

BATER NA MADEIRA – Historicamente, a árvore a ser tocada era o carvalho, venerado por sua força, altura imponente e poderes sobrenaturais. O culto surgiu há cerca de 4 mil anos entre os gregos e depois entre algumas tribos indígenas da América. Eles observaram que o carvalho era freqüentemente atingido por raios e pressupuseram que a árvore fosse a moradia do deus-céu (índios) e deus dos relâmpagos (gregos). E acreditavam que qualquer pensamento ou palavra de mau-agouro poderia ser neutralizada batendo-se na base do carvalho, pois a pessoa estaria se contatando com o deus e pedindo ajuda. Atualmente dá-se uma pequena batida em qualquer madeira para afastar um pensamento ou presságio ruim.




CAGADO E CUSPIDO - Sua origem tem algumas variações. Uma delas é “calcado e esculpido” (que se calcou/comprimido). Uma outra é “em carrara esculpido”, onde carrara é um tipo de mármore usado para esculpir e que deixa as peças mais “bem feitas” que outros tipos de mármores usados. Há ainda uma outra variante para tal expressão: “encarnado e esculpido”, como se o rosto e o espírito de alguém estivessem entranhados no rosto ou no corpo de outra pessoa. Significa muita semelhança entre duas pessoas.

CAIR A FICHA - A expressão ainda é bastante popular, mas já não faz sentido, pela simples razão de que não se usa mais ficha para falar em telefone público. Agora é cartão. Desde 1930, os telefones públicos funcionavam com moedas de 400 réis. Veio a inflação, e galopante, o que fez com que, a partir dos anos 70, o governo preferisse a utilização de fichas. Só com elas seria possível acionar os chamados orelhões, equipamento urbano muito conhecido nas cidades brasileiras. Esse tipo de ficha só caía após ser completada a ligação, o que fez nascer a expressão cair a ficha, ou seja, o momento em que conseguimos entender alguma coisa. As fichas desapareceram em 1992 e deram lugar aos cartões, até hoje em vigor, mas a expressão continua sendo lugar comum em nosso quotidiano.




CALCANHAR DE AQUILES – Vem da mitologia. A mãe de Aquiles, Tétis, com o objetivo de tornar seu filho invulnerável, mergulhou-o, ainda bebê, num lago mágico, segurando o filho pelos calcanhares, que tendo ficado fora da água, foi a única parte de seu corpo a não se beneficiar com a magia. Páris feriu Aquiles, na Guerra de Tróia, justamente nesse calcanhar, matando-o. Portanto, o ponto fraco ou vulnerável de um indivíduo, por metáfora, é o calcanhar de Aquiles.


CANTO DO CISNE - Dizia-se antigamente que o cisne emitia um belíssimo canto pouco antes de morrer. A expressão canto do cisne representa então as últimas realizações de alguém.

CARA DE UM, *** DE OUTRO – (muitas crianças nos seguem , então optei em não escrever a palavra, ok? ^-^
A expressão original era “cara de um, cútis do outro” , para expressar semelhança entre duas pessoas.

CASA DA MÃE JOANA - Na época do Brasil Império, mais especificamente durante a menoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro cuja proprietária se chamava Joana. Como, fora dali, esses homens mandavam e desmandavam no país, a expressão casa da mãe Joana ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda.




CHÁ DE CADEIRA – Tem a ver com atraso; com muito atraso. Historicamente, os nobres e fidalgos consideravam-se superiores às outras pessoas. Quando seus súditos queriam alguma audiência, eles eram acomodados em cadeiras e esperavam muito até serem atendidos, pois seus senhores atrasavam bastante para salientar o privilégio de poder fazê-lo. Os empregados, então, serviam chá para essas pessoas, que “mofavam” nas salas de espera, como uma forma de amenizar os longos atrasos. Daí surgiu essa expressão.

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